quarta-feira, 22 de maio de 2013
"Num salto, molhou os pés e se despediu da beira-mar. Foi sem saber o que aquelas ondas acabavam de lhe ensinar. As minúcias do tempo dando sinal a cada chegada e retorno das ondas. O movimento contínuo e, no entanto renovado. Ondas que vinham e voltavam, quebravam e reconstruíam, brindavam e arrastavam. E misturavam sonhos e ciclos as ondas inquietas do mar."
quinta-feira, 2 de maio de 2013
Para viver essa vida uso sempre as duas mãos: com uma seguro a tela, bem firme, mas com doçura, do lado do coração.
Na outra, trago um pincel, que muda a forma, a textura, dependendo da figura, chamada ocasião.
É que, às vezes, um vento bravio, um assovio sombrio, uma seca ou aluvião, revira todo o cenário; riacho corre ao contrário, leva o riscado, o desenho, a certeza e a ilusão.
Mas como todo passarinho, que ao voltar não encontra o ninho, recomeça a construção – aperto as contas do rosário, ensaio outro gingado – mudo o rumo do traçado, espalho as tintas pelo chão...
E com os pés nessa aquarela, vou pintando a minha tela... Sinto que vivo e sorrio: sou rio, não corro em vão!
Miryan Lucy
Na outra, trago um pincel, que muda a forma, a textura, dependendo da figura, chamada ocasião.
É que, às vezes, um vento bravio, um assovio sombrio, uma seca ou aluvião, revira todo o cenário; riacho corre ao contrário, leva o riscado, o desenho, a certeza e a ilusão.
Mas como todo passarinho, que ao voltar não encontra o ninho, recomeça a construção – aperto as contas do rosário, ensaio outro gingado – mudo o rumo do traçado, espalho as tintas pelo chão...
E com os pés nessa aquarela, vou pintando a minha tela... Sinto que vivo e sorrio: sou rio, não corro em vão!
Miryan Lucy
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