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"As vezes falta rumo e sobra perna, o jeito é andar".

domingo, 22 de fevereiro de 2015





Tenho a impressão que o tempo é um tanto partidário, os dias bons passam tão rápido, as horas apressadas correm acelerando a alegria. Já nos dias ruins, as horas são mais lentas, as lições mais demoradas. 
Eu não posso dizer que me acostumei com os dias ruins, no máximo os aceito, sem jamais deixar de investir em tentativas esperançosas, para que eles ocorram com menor frequência. E mesmo aceitando, muitas vezes, nesses momentos que o caminho parece cinza, o choro fala por mim. Não acho vergonha nenhuma, vez ou outra, deixar o choro tomar minha voz. Chorar lava a alma, e é uma linguagem que se quer precisa de coesão de ideias. A gente chora e ponto. As lágrimas dispensam eloquência, só rasgam os sentimentos e estes, perdidos e intensos, transbordam na face. É um jeito do Universo provar, sem dúvidas, no nosso próprio corpo, quanta humanidade cabe dentro de nós. Ninguém é uma fortaleza concreta: somos feitos de sentimentos, amores, dores, desejos, algumas utopias, saudades, risos, sofrimentos, lágrimas, carne, escolhas e ideias. Ninguém é forte o tempo todo. Eu não sou.
Dias bons: que eles não me passem apressadamente despercebidos. Dias ruis: não me permitir esquecer que eles também terminam...
Em frente e enfrente!
Janaina Cavallin