Para viver essa vida uso sempre as duas mãos: com uma seguro a tela, bem firme, mas com doçura, do lado do coração.
Na outra, trago um pincel, que muda a forma, a textura, dependendo da figura, chamada ocasião.
É que, às vezes, um vento bravio, um assovio sombrio, uma seca ou aluvião, revira todo o cenário; riacho corre ao contrário, leva o riscado, o desenho, a certeza e a ilusão.
Mas como todo passarinho, que ao voltar não encontra o ninho, recomeça a construção – aperto as contas do rosário, ensaio outro gingado – mudo o rumo do traçado, espalho as tintas pelo chão...
E com os pés nessa aquarela, vou pintando a minha tela... Sinto que vivo e sorrio: sou rio, não corro em vão!
Miryan Lucy
Na outra, trago um pincel, que muda a forma, a textura, dependendo da figura, chamada ocasião.
É que, às vezes, um vento bravio, um assovio sombrio, uma seca ou aluvião, revira todo o cenário; riacho corre ao contrário, leva o riscado, o desenho, a certeza e a ilusão.
Mas como todo passarinho, que ao voltar não encontra o ninho, recomeça a construção – aperto as contas do rosário, ensaio outro gingado – mudo o rumo do traçado, espalho as tintas pelo chão...
E com os pés nessa aquarela, vou pintando a minha tela... Sinto que vivo e sorrio: sou rio, não corro em vão!
Miryan Lucy
Um comentário:
Lindo! Sem palavras...
Adorei isso.
Beijos
Vania
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