https://www.facebook.com/soribeiro14

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"As vezes falta rumo e sobra perna, o jeito é andar".

quarta-feira, 31 de outubro de 2012


Ladainha para novembro 


Eu bebi em goles suaves todos os meses.
Aproveitei, realizei, me segurei, andei, vivi, sonhei. 
Então novembro bateu à minha porta e eu fiz a minha ladainha de recomendações:

Dê-me mais ânimo, me traga o que ainda não realizei.

Faça valer meu esforço que foi um colosso e vamos comemorar que o ano vai acabar. É hora de planejar, avaliar, para celebrar as vitórias, guardar na memória aquilo que valeu. Em novembro eu tomo goles. Em novembro eu não dou mole para o resto do ano adoçar. 

Entre e arrebente, mas devagar pra não assustar.



Ita Portugal




Por muito tempo achei que a ausência é falta. 
E lastimava, ignorante, a falta. 
Hoje não a lastimo. 
Não há falta na ausência. 
A ausência é um estar em mim. 
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, 
que rio e danço e invento exclamações alegres, 
porque a ausência, essa ausência assimilada, 
ninguém a rouba mais de mim.

Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 25 de outubro de 2012



Tenho meus quartos escuros e, quando estou cansada, me tranco lá e não quero saber da luz do sol. É preciso estar bem pra enxergar a luz como claridade. Se estou mal, ela me encandeia.

É necessário desertar; é uma questão de sobrevivência a fuga da rotina de extraviar-se sem poder se emendar e ter que continuar andando. Temos o direito a nos desmontar de vez em quando, deixar que os cacos se espalhem, mesmo que dê trabalho juntar todos depois; mesmo que nunca mais consigamos juntar todos do mesmo jeito, mas teremos movimentado a nossa engrenagem, provado da nossa impotência, da nossa incapacidade humana, da nossa desnecessidade de ser infalíveis.

Sou assim, feita de remendos e retalhos; às vezes a costura fica à mostra; noutras, a tinta demora a secar, a cola escorre, mas, entre um recorte e outro, preparo os ouvidos para a ordem inevitável: "Levanta-te e anda!". É quando abro a porta, coloco as inquietações entre parênteses, e vejo a claridade do dia amanhecer-me para uma nova mesma história.


AílaSampaio

segunda-feira, 22 de outubro de 2012


‎" Jogo a minha rede no mar da vida e ás vezes, quando a recolho, descubro que ela retorna vazia. Não há como não me entristecer e não há como desistir. Deixo a lágrima correr, vinda das ondas que me renovam, por dentro, em silêncio, dor que não verte, envenena. O coração respingado, arrumo, como posso, os meus sentimentos. Passo a limpo os meus sonhos. Ajeito, da melhor forma que sei, a força que me move. Guardo a minha rede e deixo o dia dormir.
Com toda a tristeza pelas redes que voltam vazias, sou corajosa o bastante pra não me acostumar com essa ideia. Se gente não fosso feita pra ser feliz, Deus não teria caprichado tanto nos detalhes. Perseverança não é somente acreditar na própria rede...Perseverança é não deixar de crer na capacidade de renovação das águas.
Hoje, o dia pode não ter sido bom, mas amanhã será outro mar. E eu estarei lá na beira da praia de novo.

 Ana Jácomo


Estou desconfiada de que a gente cresce quando começa a aprender, com o sentimento, muito além da retórica, a não permitir que uma desilusão ou outra nos afaste de nós mesmos e nem dos nossos sonhos mais bonitos. Estou desconfiada de que agente cresce quando é capaz de entender que estar vivo é perigoso, sim, é trabalhoso, sim, mas também é uma oportunidade rara e imperdível. Que há que se pagar o preço, se a ideia é ser feliz e inteiro[...]

Ana Jácomo

"(...) quero me vestir de flores
me espalhar no vento
seduzir o sol."

Renata Fagundes

quinta-feira, 4 de outubro de 2012



"Quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim."

Cecília Meirele
s

“O silêncio e a tolerância são o vinho dos fortes, a reação impulsiva é a embriaguez dos fracos. O silêncio e a tolerância são as armas de quem pensa, a reação instintiva é a arma de quem não pensa. É muito melhor ser lento no pensar do que rápido em machucar.”

Augusto Cury 

terça-feira, 2 de outubro de 2012

O Toque!


O LAÇO E O ABRAÇO
Meu Deus! Como é engraçado!
Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço... uma fita dando voltas.
Enrosca-se, mas não se embola, vira, revira, circula e pronto: está dado o laço.
É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de braço.
É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo,
no vestido, em qualquer coisa onde o faço.
E quando puxo uma ponta, o que é que acontece? Vai escorregando...
devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço.
Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido.
E, na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço.
Ah! Então, é assim o amor, a amizade.
Tudo que é sentimento. Como um pedaço de fita.
Enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer a qualquer hora,
deixando livre as duas bandas do laço.
Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade.
E quando alguém briga, então se diz: romperam-se os laços.
E saem as duas partes, igual meus pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço.
Então o amor e a amizade são isso...
Não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam.
Porque quando vira nó, já deixou de ser um laç
o!
Mario Quintana
****

Este é o laço, o laço rosa,o laço que chama pra responsabildade,
de se tocar,se perceber, se cuidar,
antes que vire nó (dulo)
e te vire de ponta cabeça, te faça perder o chão,
o rumo, a razão, o tezão,
pra você eu deixo a dica, para que se toque e não perca nenhum pedaço, que não se rompa o laço 
com a alegria, com a Vida,
porque quando vira nó (dulo) você poderá  não mais partir para
o abraço!
Se Toque...Toque-se...Cuide-se,
Meu carinho e meu abraço!
Sô 
*-*